31 de mai. de 2017

"MULHER GUERREIRA" - Homenagem da Miss Umuarama

Alimentando Sonhos
Miss Umuarama - Bruna Cecon


Associação Vida e Solidariedade, é o nome dado a ação de Dona Maria do Carmo da Silva ou “Maria da sopa” como é conhecida popularmente em Umuarama. Em 1997, Dona Maria preparava sopas em sua própria residência e distribuía para a comunidade. No começo não tinha apoio de quase ninguém, o que lhe dava forças era a sua vontade de ajudar o próximo. Ela utilizava o valor de sua aposentadoria para comprar os ingredientes e distribuía sopa dentro de sua própria casa para os moradores do Parque industrial. Com o passar do tempo algumas pessoas começaram a ajudar doando alimentos, mas nada fixo, fazendo com que dona Maria contasse mais com a aposentadoria que recebia do que com as doações. 

Após alguns anos um padre soube das ações de Dona Maria e sentiu vontade de expandir ainda mais essa boa ação, propôs então que Dona Maria abrisse uma associação para dar maior visibilidade ao seu trabalho e consequentemente conseguir mais doações. Como o objetivo de Dona Maria é ajudar o próximo não pensou duas vezes e aceitou. Ela queria ajudar cada vez mais as pessoas e levar através de suas sopas, o amor e conforto para quem precisasse. Em 2003, foi o início de um movimento que mudaria a vida de muita gente, inaugurou a Associação Vida e Solidariedade, a partir deste projeto conseguiram aos poucos uma coordenadora, logo mais uma psicóloga e uma assistente social. 

Hoje após 20 anos de caminhada, a Associação conta com professores voluntários e atividades que atendem toda a comunidade, como artesanato, jiu jitsu, horta comunitária, bordados, oficinas artísticas, entre outros. Além é claro da doação de refeições que foi por onde tudo começou. Por meio dessas atividades as portas se abriram para que as crianças participassem de campeonatos e tivessem uma base maior e melhor na formação educacional de cada uma. 

O projeto de Dona Maria vai muito além de apenas alimentar quem precisa, através do seu amor, sua força e de suas ações foi possível alimentar sonhos, e isso é o que a mantém firme. E como ela mesmo diz, isso a torna a mulher mais feliz e realizada do mundo. Dona Maria garante que enquanto viver não deixará de ser voluntária, ela afirma, “Não tenho nenhum projeto escrito, tenho o de Jesus Cristo, que é o amor”.





















"MULHER GUERREIRA" - Homenagem da Miss Cambé

Irmã Aparecida Jardini é a Mulher Guerreira de Cambé
Miss Cambé - Patrícia Martins Garcia

Aparecida Jardini, conhecida como Irmã Jardini. 

Ex-professora rural, ela entrou para a Congregação das Claretianas, na cidade de Londrina, aos 26 anos de idade, iniciando sua trajetória no estágio realizado em um orfanato de São Paulo, direcionando a crianças excepcionais. Posteriormente, entre as décadas de 70 e 80, atuou em países africanos, permanecendo por seis anos na Costa do Marfim e dois anos no Gabão, onde prestava assistência a uma aldeia, coordenando uma pastoral com o fim de promover a dignidade humana.

Após retornar ao Brasil, passou por outras cidades, tendo participado do projeto ALCOÓLATRAS A, experiência onde conviveu com moradores de rua, em sua maioria alcoólatras, passando a acreditar que podia fazer mais, assumindo sua missão no município de Cambé. Hoje, aos 74 anos, a irmã coordena o Lar Santo Antônio, que engloba o Projeto Vida e Esperança e o Abrigo Padre Manoel Coelho, que é também um albergue noturno.

O Projeto Vida e Esperança atende atualmente 140 crianças, nos contra turnos escolares, ocasião em que os infantes recebem carinho, apoio educacional, alimentação e higiene realizada por profissionais, em salas separadas de acordo com a faixa etária.
Já o albergue é dividido em duas categorias, sendo uma, a Casa de Passagem, que diariamente atende cerca de 80 (oitenta) pessoas migrantes, dando-lhes abrigo passageiro e alimentação.

A outra categoria corresponde a um asilo para pessoas idosas abandonadas ou portadores de doenças mentais, decorrentes na maioria das vezes do vício com álcool ou substancias entorpecentes. Tais pessoas, ao chegarem no albergue, são encaminhadas para tratamentos junto ao CAPS, bem como são efetuadas tentativas de reintegração ao convívio familiar, social e ao mercado de trabalho. Na hipótese de não serem frutíferas referidas buscas, permanecem em tempo integral nas dependências do abrigo, recebendo os cuidados necessários para a promoção de seus tratamentos.

A Irmã Jardini tem para si que sempre procurou “viver para Deus e para o próximo”, tendo como missão de vida “cuidar e dar assistência aos necessitados”. É assim que deixa uma palavra positiva para aquelas pessoas que já perderam os objetivos de viver.






























"MULHER GUERREIRA" - Homenagem da Miss Medianeira

Elizandra da Rocha é a Mulher Guerreira de Medianiera
Miss Medianeira - Fernanda Dal Moro Scalabrim

Não foi fácil decidir entre as tantas mulheres guerreiras da minha cidade, mas minha escolha pela Elizandra da Rocha foi baseada no seu exemplo de força, amor, doação, e perseverança. A Elizandra é mãe do Luiz Felipe, um pequeno guerreiro que aos 2 anos teve os primeiros sintomas de câncer, o prognóstico era de apenas 6 meses de vida. Com o início do tratamento vieram as dificuldades, pois o Luiz precisava de cuidado em tempo integral, com sessões de quimioterapia a cada quinze dias Elizandra precisou deixar tudo para se dedicar exclusivamente ao filho. Mas para ela nunca foi um problema, sempre dava um jeito para tudo, como quando precisou custear medicamentos para o pequeno Luiz, correu atrás, fez uma ação entre amigos e conseguiu o valor necessário para comprar. 

Elizandra nunca desistiu, desanimou ou deixou de buscar todas as alternativas possíveis para curar a doença do filho. Prova disso que Luiz Felipe superou as expetativas médicas e chegou até os 5 anos de idade. Elizandra nunca perdeu a fé, mas infelizmente o filho perdeu a batalha contra o câncer e faleceu no início deste ano. Mas o amor de mãe nunca morre, e ao ouvir a Elizandra me dizer “Lutei até o último sopro de vida dele, se Deus permitisse lutaria até meu último suspiro. Luiz Felipe era um anjo, nunca reclamou de dor, e me pedia para ser forte, quando quem precisava ser forte era ele com tantas agulhas e quimioterapias. Mas nunca será um adeus, o Felipinho sempre estará vivo em mim, em meu coração, até o dia do nosso reencontro” encheu meu coração de emoção, principalmente porque ela nunca deixou de ter um sorriso em seu rosto, e demostrar a alegria por cada momento que passaram juntos.

Para mim ela é um exemplo de mulher guerreira, de força, amor ao próximo e esperança.






"MULHER GUERREIRA" - Homenagem da Miss Doutor Camargo

Katieli Alvarenga Xavier é Mulher Guerreira de Doutor Camargo
Miss Doutor Camargo - Vanielli Vargas Rosada

katieli J. Alvarenga Xavier tem rosto de menina e história de mulher. Caçula de três filhos de pais separados, a adolescente de Ivatuba – PR sonhava em ser independente. Começou a trabalhar muito jovem. Aos 13 anos, recebia R$65 por mês por fazer companhia durante à noite para uma idosa da vizinhança. Com o dinheiro, comprava maquiagens e outros cosméticos de beleza – sem saber que, mais tarde, se profissionalizaria na área da estética. 

Em 2011, mudou-se com a mãe para Maringá, onde começou sua carreira como auxiliar de cabeleireira. Acordava cedo, pegava dois ônibus para chegar ao Colégio de Aplicação Pedagógica da UEM, onde cursou o ensino médio, e depois partia direto para o salão de beleza, onde começou varrendo o chão, lavando os cabelos e outros afazeres mais simples. 

Dois anos depois estava morando sozinha e trabalhando num dos melhores salões da cidade. Se especializou na área, participando de cursos, workshops sobre penteados, coloração, hidratação, técnicas de contorno facial e iluminação. Graças ao patrocino de uma amiga participou do concurso Garota Country realizado pela Sociedade Rural de Maringá e angariou o título de 1ª Princesa. 

Aos 18 anos, voltou para sua cidade natal e resolveu abrir o próprio salão. Alugou uma salinha no centro da cidade e arregaçou as mangas. Empreender não era nada fácil, mas estava começando a dar certo. Clientes fiéis, encaravam a estrada e viajavam quilômetros só para ser atendida por Katieli, em sinal de carinho e resultado da excelência no serviço prestado. 

Em Doutor Camargo, conheceu Edilen Henrique Xavier com quem se casou no final de 2016. Cogitaram a possibilidade de viver fora do país, mas com a vitória do marido nas eleições municipais, tornou-se primeira dama do município. Assumiu a Secretaria de Assistência Social e vem desenvolvendo no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos um projeto que oferta aulas de computação, educação física e oficinas de arte para crianças e adolescentes carentes. 

Katieli também foi responsável por organizar a primeira edição do Miss Doutor Camargo, possibilitando para demais garotas e mulheres a mesma oportunidade que um dia já teve. Quem a olha hoje e vê o olhar singelo de uma menina de 21 anos, não imaginam que ela conquistou sua independência por meio de um caminho traçados por, alegrias, tristezas, dedicação e fé.







"MULHER GUERREIRA" - Homenagem da Miss Realeza

Terezinha de Moraes é Mulher Guerreira de Realeza
Miss Realeza - Thaís Fernanda Ranzolin Zucchi

Terezinha Ferronato de Moraes nasceu em 03 de setembro de 1951, em Francisco Beltrão (PR), onde atuou como professora durante cinco anos no Instituto Nossa Senhora da Glória. É casada com Luiz Antonio Gomes de Moraes, morou também em Capanema (PR), onde lecionou por mais dois anos. 

Em 1975, mudaram-se para Realeza (PR), na época grávida da sua primeira filha, Heloise Gomes de Moraes. Na cidade abriram a empresa Disagrel, agropecuária com foco em alimentação de animais. 

Em 1980, Tere apostou num novo segmento, comprou um bazar no Centro de Realeza, adicionando produtos inovadores e expandindo os negócios. 

A Casa de Linhas Heluana, vendia produtos para artesões, com um propósito grande expresso pelo slogan “A Loja Escola”. Através de cursos de pintura, crochê, tricô, bordado, transcendeu as vendas e incentivou a carreira de muitos artesões. São mais de cinco mil alunos de idade entre oito e 80 anos. 

Ainda em 1980, teve sua segunda filha, Luciana Gomes de Moraes. Aliando os cuidados maternos, do lar, e comércio, se dedicava a comunidade através de atividades na Igreja Católica, como cursilhista, catequista, e palestrante. Seu último filho nasceu em 1983, Luiz Alexandre Gomes de Moraes. 

O casal iniciou em 1984 as atividades no Rotary Club, e em 1987, Terezinha se integrou ao grupo da Associação das Senhoras Rotarianas de Realeza (ASR), onde foi presidente, protocolo, tesoureira, orientadora setorial e coordenadora distrital na gestão 2014/2016, desenvolvendo projetos importantes para a comunidade. 

Aos 36 anos de idade, durante passeio com a família, Tere sofreu um gravíssimo acidente, perdendo 70% do rosto, foram cinco cirurgias para recuperar parte da face. Venceu esse episódio, e continuou atuando na comunidade. 

Terezinha também foi fundadora do Grupo de Apoio Mãos Amigas em Realeza (GAMAR), que iniciou em 2006 com a missão de dar apoio psicológico aos pacientes com câncer e seus familiares. 

No mês passado, o Núcleo da Mulher Empresária de Realeza, da Associação Empresarial de Realeza, indicou Tere para ser homenageada na 11º Expofeira Mulher 2017, em Francisco Beltrão, para ser a “Mulher voluntária – fazer o bem, sem importar a quem”. 

Terezinha Ferronato de Moraes é mulher guerreira, empresária, empreendedora, e voluntária.







"MULHER GUERREIRA" - Homenagem da Miss Londrina

Leonice: Guerreira de Londrina
Miss Londrina - Camila Santos

Solidariedade é uma qualidade que Leonice Camarani El Kadri traz do berço. Desde pequena essa guerreira aprendia com a mãe como ajudar faz bem. “Eu cresci vendo minha mãe ajudar muito as pessoas, os vizinhos, sempre, com o que precisassem”, conta Leonice. Aos 11 anos, ela se mudou para Londrina com a família, onde cresceu, estudou, casou-se e teve sua filha, hoje com 26 anos.

Formada em Direito, especializada em Relações Públicas, Leonice começou a exercer seu lado solidário já na profissão. Coordenadora de Comunicação de uma empresa local de telefonia, aproximou-se dos funcionários e de suas dificuldades pessoais. Ajudando um aqui, outro ali, percebeu que podia ir além. E agarrou a oportunidade, desenvolvendo projetos sociais de alcance municipal. Não bastasse a sua participação, envolveu outros funcionários, através do Comitê de Solidariedade da empresa. Construção de casas, creche, oficinas de cidadania em comunidades carentes, aleitamento materno. Leonice aproveitou todas as possibilidades que se apresentavam à sua frente. 

Há 10 anos, veio a aposentadoria. Com ela, é claro, muito mais tempo livre. Tempo que Leonice aproveita para se dedicar ainda mais ao voluntariado. Foi assim que ela acabou aceitando, já pela terceira vez, a coordenação do Grupo de Apoio Pró-Vida. Na presidência do Grupo de voluntárias, ela se desdobra entre a vida familiar e ações para levantar fundos para o Hospital Infantil Sagrada Família, uma referência para pacientes carentes em todo Paraná. Dedicada e muito dinâmica, Leonice sempre arruma um tempinho livre para ver de perto os resultados dos investimentos feitos na assistência à saúde das crianças e no bem-estar da equipe do Hospital Infantil. 

Ainda cabe mais voluntariado no dia a dia de Leonice. Católica, ministra da Eucarístia, ela também se dedica ao trabalho social na igreja que freqüenta. Coordenadora diocesana de grupos bíblicos de reflexão que reúnem cerca de 5 mil pessoas de 11 paróquias de Londrina, ela atua na organização de ações para manter os trabalhos de evangelização e também ações solidárias para a comunidade externa. 

E lá se vão 30 anos de dedicação ao próximo que começa a dar frutos numa nova geração. Leonice, que aprendeu com a mãe, agora é exemplo para a filha, que começa a trilhar o mesmo caminho na solidariedade, atuando em comunidades carentes e hospitais. É o bem que passa e fortalece de geração em geração.     







"MULHER GUERREIRA" - homenagem da Miss Céu Azul

A Verdadeira Guerreira
Miss Céu Azul - Deyse Stringari da Silva


Acredito que uma mulher guerreira é aquela que é trabalhadora, que se desdobra para resolver seus problemas, batalha para conquistar seus objetivos, mulher moderna e atual que apesar das dificuldades que passa não perde seu charme e muito menos sua fé.

A Mulher Guerreira de meu município que escolhi para homenagear, orgulhosamente a chamo de MÃE. Claudete Stringari parou de estudar na quinta série para trabalhar e ajudar os pais nas tarefas domésticas.

Aos 15 anos engravidou e criou sua filha apenas com a ajuda de seus pais que a cuidavam enquanto estava no trabalho, era diarista em uma residência e à noite garçonete em uma churrascaria.

Claudete superou todas as dificuldades, que essa fase de sua vida lhe trouxe e seguiu em frente com o sorriso no rosto e o brilho no olhar.

Após 11 anos Deus lhe concedeu outro fruto de um amor, dessa vez, já de um casamento de alguns anos, que com o tempo se tornou desgastante para ela, pois eram somente brigas e ofensas, o que fez com que ela com muita dor, porém exausta de sofrer, pedisse a separação do casamento de 17 anos.

A partir deste fato começou um novo desafio em sua vida, agora as responsabilidades da casa eram somente dela, terminar de criar sua filha que tinha 16 anos, pagar seu estudo, água, luz, comida. No começo não foi fácil, Claudete chorou muitas noites com medo de que não conseguiria, mas como é guerreira, deu a volta por cima novamente.

Três anos se passaram e atualmente trabalha de diarista em duas residências, nos finais de semana é atendente no Espetinho da cidade e em sua horas livres faz pão caseiro e lasanha para vender.

Claudete é um exemplo das milhares de mulheres guerreiras, que possuem uma história parecida com a dela, que são domésticas e devem ser reconhecidas e valorizadas por isso. Amo essa guerreira!