2 de jun. de 2017

"MULHER GUERREIRA - Miss Cianorte

Irmã Benigna - Mulher Guerreira de Cianorte
Miss Cianorte - Bianca Andrade Celeste


Mulher guerreira é a característica mais marcante desta senhora, uma mulher religiosa que nasceu com vocação para ajudar o próximo. Irmã Benigna é uma freira filha de pais humildes, pessoa de fé inabalável, seus olhos transmitem paz e serenidade, sua voz é doce e ao mesmo tempo dura demonstrando autoconfiança no seu trabalho, próprios daqueles que vivem com sabedoria e dignidade, espirito comunitário acima dos próprios interesses individuais.

Em 1991 Irma Benigna chegou ao município de Cianorte vinda de Erechim cidade natal (Rio Grande do Sul), para trabalhar no Recanto dos Velhinhos (casa de cuidados para idosos). Logo percebeu que na região havia muitos meninos e meninas carentes que precisavam de orientações.

Com o apoio da comunidade consegue fundar então a Associação Assistencial e Promocional Rainha da Paz. A entidade tem como finalidade principal o atendimento de crianças e adolescentes em situação de risco. Neste espaço eles podem praticar atividades esportivas, lúdicas e artísticas, com cunho educativo.


A irmã que nunca mediu esforços para ajudar esta parcela da população, continua sua missão também junto aos idosos e familiares carentes, fazendo visitas para levar a palavra de conforto, alimentos, remédios e o que for necessário para melhorar a qualidade de vida de todos.


Diante de tantas contribuições para cidade Irma Benigna carrega o titulo de cidadã Honoraria do Paraná desde 2012.

A Irma, que luta pelas crianças carentes tirando as das ruas e ensinando a evangelização, através da sua missão religiosa, ficara para sempre na memória de quem já passou por ela e no registro histórico das grandes mulheres guerreiras do Paraná.

















"MULHER GUERREIRA" - Miss Cornélio Procópio

Uma guerreira que faz história
Miss Cornélio Procópio - Aline dos Santos Souza
Texto: Dayse Hess - Jornalista

Ser mulher hoje não é tarefa das mais fáceis. Mas se voltarmos algumas décadas, com certeza, vamos nos surpreender com as barreiras que nos eram impostas de maneira nada sutil. Mas algumas almas são privilegiadas, um bom exemplo é a senhora Rachel de Paula Rodrigues Graciano, a professora com coração de artista, a esposa do Dr. Valdivino Graciano, a mãe da Patrícia Maria, da Ana Paula, da Flávia e Rachelzinha. Uma mulher dessas para a gente invejar e se espelhar!

Já era de se esperar um talento especial para viver, para marcar presença e fazer parte da história do seu povo, pois que tem o dom para música tem sempre um coração especial. Dona Rachel se formou na Faculdade de Música Pio XII, de Bauru (SP), com especialização em Iniciação Musical Infantil, Bandinha Rítmica. Em Cornélio Procópio (PR), foi professora dedicada de Educação Artística no Colégio Estadual Castro Alves, diretora do Centro Cultural e ainda regente do Coral Municipal.

Trabalhou incansavelmente na promoção da arte e da cultura na cidade e entre seus maiores feitos está a coautoria do Hino a Cornélio Procópio, composto com o professor Átila Silveira Brasil. Além disso, dona Rachel, aos 77 anos, participa ativamente de movimentos da Igreja Católica e está sempre pronta para ajudar o próximo. Rachel de Paula Rodrigues Graciano, uma guerreira, um bom exemplo!
















"MULHER GUERREIRA" - Miss Piraquara

Mulher Guerreira de Piraquara
Miss Piraquara - Agta Raniele Ferreira

Minha mulher guerreira se chama Cintia Ishizaka, tem 42 anos, é casada, moradora de Piraquara há 36 anos. Cintia é mãe de um dependente químico e foi esse o fato que me inspirou a homenagear ela e as milhares de mulheres que lutam diariamente lado a lado de seus filhos. 


Cintia foi mãe solteira aos 17 anos, ser mãe para ela significou um mundo novo ao qual aprendeu junto com seu filho, somente ele e ela. Seu filho frequentou as melhores escolas, aos 10 anos já era fluente em três idiomas e tinha uma experiência de ter morado no exterior.

Aos 12 anos, seu filho que era tão carinhoso, tão gentil passou a ter comportamentos estranhos, era tão próximo passou a se afastar cada vez mais. Aos 16 anos, foi o auge da dependência química, e começou a praticar pequenos tráficos de droga, foram anos e anos de luta, contra uma coisa que não dependia dela, mas estava desenvolvida dentro do seu filho, a pessoa que ela mais amava na vida estava morrendo por uma escolha que ele fazia.

Ser mãe de um dependente químico é as vezes nem reconhecer seu filho, é perceber dentro da sua casa um completo estranho, é ver seu filho sair de madrugada na incerteza que ele voltaria, é passar noites e noites em claro lutando com um inimigo que ela não tem o poder total de vencer e mesmo quando está sobre controle a qualquer momento pode voltar.

E foi em nome de muitas mulheres que passam pela mesma situação, que a Cintia me relatou, e principalmente essa mulher guerreira resolver dar voz, a todas que são julgadas, acusadas, e que sofrem preconceito por serem mãe de um dependente químico.

Atualmente minha mulher guerreira é casada, tem um filho de três anos, está na sua segunda graduação aos 42 anos. Seu filho dependente químico está afastado das drogas, e faz parte de uma estatística muito pequena de usuários que não morreram durante o tráfico.

Agradeço por ter essa oportunidade e pela sensibilidade dessa mulher em relatar sua história.