23 de jan. de 2013

Quando a América descobriu Colombo - parte 02

Adalgisa Colombo nasceu no dia 11 de janeiro de 1940, no Rio de Janeiro. Filha de Edoardo Colomb (imigrante italiano) e de D. Percília Corrêa, carioca de laranjeiras. Desde muito jovem a esguia Adalgisa já mostrava um temperamento picante, dando origem a uma personalidade forte e marcante. Comunicativa, impulsiva e como toda jovem daquela época, se deliciava com os retratos de artistas nas revistas. 

Tinha 14 anos quando surgiu o “furação” Martha Rocha decidiu que queria ser Miss Brasil. Nos três anos seguintes lia tudo sobre concursos. Suas inspirações: Emília Correia Lima, Maria José Cardoso e Terezinha Morango. 

Aos 15 anos foi pessoalmente a uma grande loja do Rio em busca da oportunidade de desfilar, mas por ser muito nova não a contrataram. Foi indicada para desfilar para a Mesbla e lá escondeu o fasto de nunca ter andado de salto alto. Redimiu-se tendo que treinar exaustivamente e valeu a pena. Entre um e outro contato a chamaram para um desfile dos maiôs Catalina, realizado no Hotel Quitandinha, em Petrópolis, onde a empresa contava a história dos maiôs em um desfile de épocas. 

Nesse dia, no elevador, encontrou Marta Rocha que ali passaria a faixa de Miss Brasil a sua sucessora. Emocionada reafirmou se desejo: é isso mesmo que eu quero, ser Miss Brasil

Para adquirir experiência se candidatou no concurso Miss TV, ganhou o título mas não ficou com ele. O Juiz de Menores anulou o concurso pelo fato da vencedora só ter 16 anos, sua tia foi quem denunciou o fato. Ficou sem o título, mas usufruiu as benesses do prêmio que a levou à Europa

Para perder o medo dos microfones foi trabalhar em uma rádio em um programa só para mulheres. Seus colegas lhe apelidaram de Dagô - junção da expressão “dá gosto”. Como modelo, inclusive da Casa Canadá, tinha também um jeitinho carinhoso de ser chamada - Gisah


O programa de rádio começava às 8 horas da manhã. Teve oportunidade de entrevistar dezenas de pessoas famosas. Certa feita entrevistou Terezinha Morango, Miss Brasil 1957 e vice-miss Universo, “não podia deixar de perguntar sobre as respostas em inglês dadas no concurso internacional sem que ela soubesse o idioma”; contou Adalgisa que ficou surpresa com a resposta da então Miss Brasil: Papagaio não repete? 

Fez pontas em filmes na Atlântida. Freqüentou curso do Teatro Duse e não demorou para interpretar peças na Rádio Ministério da Educação. (Foto com Cauby Peixoto)


Teve uma pessoa muito especial na caminhada rumo ao título nacional: Oscar Santa Maria, para ela um dos maiores gênio no assunto “concurso de beleza”. Foi ele que a orientou durante sua preparação indicando como se alimentar, se portar e até como se vestir. Alertou sobre a importância do inglês, e ela logo deu início aos estudos. Comeu muita cenoura para que a pele ficasse sempre bonita.

 
Adalgisa andava de forma elegante e seu rosto mudava de expressão a cada instante frente a uma câmera fotográfica.

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