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23 de jan. de 2013

Quando a América descobriu Colombo - parte 04

Concurso Miss Brasil - Rio 1958 

Rio de Janeiro, 21 de junho, Maracanãzinho, palco da eleição da nova Miss Brasil. Estima-se que 25 mil pessoas estavam no ginásio e outras milhares acompanhando pelo rádio e TV. Na passarela 23 misses concorriam ao título. 

A gigantesca passarela primeiramente foi conquistada passo a passo pelas misses que desfilavam no “templo” que marcou época na eleição de Miss Brasil, principalmente os promovidos pelos Diários Associados. 

E lá estava Adalgisa novamente vencedora, merecedora do tradicional maiô dourado, oferecido como prêmio pela Catalina, patrocinadora oficial do concurso durante anos. 


Adalgisa Colombo foi a primeira Carioca a ganhar a título nacional. A favorita Sonia Maria Campos (Pernambuco) ficou em segundo lugar. As demais colocações: Ana Maria Felício de Paiva (Paraná) – Miss Simpatia; Denise Guimarães Prado (Minas Gerais) – terceiro lugar; Carmen Erhardt (Santa Catarina) – quarto lugar e Madalena Fagotti (São Paulo) – quinto lugar. 


A Miss Brasil 1958, dotada de beleza, glamour, inteligência, talento e sobre tudo... mulher, novamente chorou. 


Princípios de vaias surgiram o que era talentosamente contornados pelo apresentador. Em seu discurso como vencedora, como não poderia ser diferente, respondeu a altura dirigindo palavras aos que ainda insistiam em vaia-la: "Com a educação cada um demonstra o que aprendeu em casa. Quem tem aplaude, quem não tem, vaia...”


Quando a América descobriu Colombo - parte 01

A história dos concursos é preservada graças a “magia” que norteia o universo da beleza. Paralelo aos concursos está o público que tem todo o poder de transformar a vencedora ou uma mera concorrente, em mito.

Boa parte do que se lê em registros antigos é preciosa fonte de informação e nos remete ao ocorrido. Por diversas vezes algo noticiado (escrito ou falado) é aceito como “fato acontecido”. Dou como exemplo as tais duas polegadas que supostamente fez com que Martha Rocha não conquistasse o título de Miss Universo em 1954

Perguntei a Martha sobre isso: “Eu mesmo não ouvi e nunca foi provado que isso realmente tenha acontecido. O que soube foi que um jornalista brasileiro na necessidade de arranjar uma desculpa para acalmar os ânimos dos brasileiros que acreditavam na minha conquista teceu esse comentário”, respondeu a diva. 

Será que devo acreditar em tudo o que se diz e leio desse infindável e complexo universo “Miss”? 

Não quero entrar na celeuma do assunto, mas vou contribuir para que se tenha mais um texto sobre concursos. Caso fuja da realidade assumo que estou contaminado com informações que preciso repassar e assim fortalecer ainda mais esse "universo" recheado do que se supões ser imaginário. 

Com o objetivo de perpetuar minhas “paixões” reverencio uma Miss que também conquistou o direito de ser reconhecida como mito. Uma Miss que foi além de seu tempo, incomodando os condicionados em viver somente o “aqui e agora”. Uma jovem que não mediu esforços rumo ao aprendizado incansável que viria transforma-la em uma Miss com qualidade ímpar, de gênio forte e incomparável. 

Sua determinação fascina com inigualável marca, pra lá de registrada. Recebeu educação no Liceu Francês de Laranjeiras, mas foi "convidada" a conhecer outras instituições de ensino. 

Aqui cito fatos que deixam a história da diva ainda mais digna desta singela homenagem. São acontecimentos que certamente contribuíram para a formação de um ícone chamado Adalgisa Colombo.


Recorro também a memória, que ainda bem fresca me faz recordar os bons papos com os amigos Fernando Bandeira (PE), o médico Carlos Eliel Torres (SC), Francisco Carlos Dias de Araújo e Evandro Silva. Todos confessos admiradores da personagem central dessa história.