A história dos concursos é preservada graças a “magia” que norteia o universo da beleza. Paralelo aos concursos está o público que tem todo o poder de transformar a vencedora ou uma mera concorrente, em mito.
Boa parte do que se lê em registros antigos é preciosa fonte de informação e nos remete ao ocorrido. Por diversas vezes algo noticiado (escrito ou falado) é aceito como “fato acontecido”. Dou como exemplo as tais duas polegadas que supostamente fez com que Martha Rocha não conquistasse o título de Miss Universo em 1954.
Perguntei a Martha sobre isso: “Eu mesmo não ouvi e nunca foi provado que isso realmente tenha acontecido. O que soube foi que um jornalista brasileiro na necessidade de arranjar uma desculpa para acalmar os ânimos dos brasileiros que acreditavam na minha conquista teceu esse comentário”, respondeu a diva.
Será que devo acreditar em tudo o que se diz e leio desse infindável e complexo universo “Miss”?
Não quero entrar na celeuma do assunto, mas vou contribuir para que se tenha mais um texto sobre concursos. Caso fuja da realidade assumo que estou contaminado com informações que preciso repassar e assim fortalecer ainda mais esse "universo" recheado do que se supões ser imaginário.
Com o objetivo de perpetuar minhas “paixões” reverencio uma Miss que também conquistou o direito de ser reconhecida como mito. Uma Miss que foi além de seu tempo, incomodando os condicionados em viver somente o “aqui e agora”. Uma jovem que não mediu esforços rumo ao aprendizado incansável que viria transforma-la em uma Miss com qualidade ímpar, de gênio forte e incomparável.
Sua determinação fascina com inigualável marca, pra lá de registrada. Recebeu educação no Liceu Francês de Laranjeiras, mas foi "convidada" a conhecer outras instituições de ensino.
Aqui cito fatos que deixam a história da diva ainda mais digna desta singela homenagem. São acontecimentos que certamente contribuíram para a formação de um ícone chamado Adalgisa Colombo.
Recorro também a memória, que ainda bem fresca me faz recordar os bons papos com os amigos Fernando Bandeira (PE), o médico Carlos Eliel Torres (SC), Francisco Carlos Dias de Araújo e Evandro Silva. Todos confessos admiradores da personagem central dessa história.
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